O Menino e Seu Brinquedo

Monday, March 20, 2006

Ser como o Sabra

Sempre vivi o embate interno.
A vida inteira fui insanamente sensata, delicadamente rude, uma cientista emocional.
Algo assim, freaky, como uma virginiana com ascendente em Peixes.
É. E isso também é verdade.
E, o que me acontece é que estou vivendo outro tipo de embate interno, em que emoção e razão tentam, cada uma a seu modo, com seus argumentos super válidos, ganhar a briga.
Na verdade, emoção e razão querem a mesma coisa.
Em mim.
Por sinal, estou falando de mim. Só de mim.
Não vou generalizar, não estou com vontade hoje de escrever uma tese sobre o estranho comportamento dos humanóides em geral.
Só o meu.
Sou eu que estou, racionalmente negando o que o "meu cálice transborda" de saber.
Mas a emoção, que é meio recém-nascida, não sabe bem como se revelar.
Tenho vivido o pânico deste sentimento, e tentando deixar que a censura e o medo do que pode ser não aconteçam.
Que o seu afeto me afetou é fato, agora faça-me o favor.
Por favor.
E, agora, além do embate interno, tenho que bancar uma Penélope e esperar uma resposta.
Pra uma pergunta que eu não fiz.
E por que ser como o sabra?
Porque tenho me descoberto muito mais próxima desta imagem, hoje.
O sabra é o fruto/folha de um cacto que, embora não seja originário da Palestina/Israel, é muito comum lá.
O sabra é duro e espinhento por fora, mas doce e suculento quando você tira a casca.
Apesar da minha relutância, minha casca tem sido retirada às vezes...
E muita gente (e muita gente quer dizer um alguém específico) tem se mostrado um pouco sabra também.
Se eu tivesse um diário, daqueles de papel, pode crer que eu teria colado a intenção da flor nele.

Namaste

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