O Menino e Seu Brinquedo

Sunday, February 04, 2007

Não quero parecer o Moon e o Bá, que, onde quer que estejam ou escrevam, falam que se você quer fazer quadrinhos, tem que fazer quadrinhos, coisa repetitiva e ligeiramente chata. Nada contra o Bá e o Moon, mas o discurso é tão chatinho que virou piada até no Youtube.

Anyway, não estou falando de quadrinhos. E, é claro que eu vou falar de Moda.
Ou melhor, vou falar daquela pergunta que não cala e nos perseguiu durante quatro anos: O que é Moda para você?

E só pra abrir um parênteses... Lembrei dum trabalho da faculdade. Em Moda Contemporânea, tínhamos que apresentar um trabalho sobre Contracultura. Os pequenos gênios resolveram fazer um documentário.
O documentário ficou uma piada, um arremedo de qualquer coisa. Embora tenha ficado bem filmado e as pessoas fossem interessantes, maaaaaaaaas foi um documentário sobre ignorância, porque a maior parte de nossos entrevistados via a Contracultura como um movimento do stablishment contra a cultura!
Fundamentalmente contra a cultura que eles pensavam que estavam construindo.

E é óbvio que a gente apresentou assim mesmo, faltando a menina de meus olhos que seria uma filmagem no estúdio em que, como numa conversa, apresentaríamos conceitos.

Triste.

Bom, voltando ao que é Moda...

No primeiro ano, me defini como uma pessoa NO LOGO. Não fez parte da minha educacão valorizar as marcas por si.
Aí, lembro duma criatura indignada, fazendo aquele esgar típico do lábio superior que deixa a flor com cara de megera e gritando: "De boa!!!! Como você pode fazer Moda sem usar roupa de marca??????"

Esse é o erro número 1 dos newcomers e dos outsiders.
Você não é vitrine.
Tendência não vem numa sacola da Louis Vuitton.
Pro ser um modólogo, como diz o Rodrigão, é preciso ler, estudar, perceber e não se distrair com os flashes.


Namaste



P.S.: Adoro a Fernanda Young, mas aquele programa dela só pode ser a hipérbole da hipérbole, ninguém pode ser tão irritável assim!

6 Comments:

  • At Sunday, February 04, 2007, Anonymous Anonymous said…

    Bem, sobre a pessoa:" Como assim vc não usa roupa de marca?", nem podemos falar, né? Que pessoa "coisa" chata e sem inteligência alguma... Sobre o documentário, talvez tivessemos errado em fazer um documentário sem saber fazê-lo de verdade... faziamos moda, não radio tv... mas as pessoas eram engraçadas... pessoas interessantes, bom, pelo menos, uma boa parte delas... aquele cara que se travestia na rua, uau! que cara incrivel! E o outro senhorzinho que mal tinha dentes na boca, e falava de secos e molhados como se conhecesse os cara...E a moça que vendia chita? Meu deus, incrivel... o lamentável foi aquele cara que quando questionado" o que é contracultura hoje para você?" enrolou, enrolou e disse:" Bem, eu não sei!"
    Mas, gostei de fazer o doc. achei válido apesar dos pesares...
    enfim!
    Não tava no dia da apresentação dele,( momento terrivel de mi vida!) então não sei o que aconteceu, apesar de nós já termos discutido sobre isso...
    enfim...

     
  • At Sunday, February 04, 2007, Blogger Regina said…

    Ih, Cris... nem se abala.
    Não vou defender o fazer/não fazer o documentário, tudo é válido. Mas não se faz nada disso num domingo.
    De todo modo, não se abala, não se trata disso, mas de contar um "causo". O cara que se travestia era ótimo, uma loucura, mas foi um que não sabia o que era contracultura. Em contrapartida, nossa amiga vendedora de chita sabia TUDO!
    São sortes e azares. Ambicionamos Kilimanjaro e chegamos no meio do morro do maluf, que se vai fazer?
    De novo, não se abala. Não é isso que conta.

    Beijo

     
  • At Sunday, February 04, 2007, Blogger Regina said…

    Ah, e o ponto desse post não é o documentário. Né?

     
  • At Sunday, February 04, 2007, Anonymous Anonymous said…

    Eu sei, baby... so estou falando que gostei de fazer. Não ter tempo, nem material apropriado atrapalhou, lógico! A chuva atrapalhou também! Não tínhamos microfone, e isso deixou os carros da augusta mais audíveis que o cara que estava falando sobre política! Mil coisas deram errado,o tempo de edição, (2 horas p edição? pô é muito pouco tempo pra fazer isso!) sei que não é o ponto do seu post, honey...não me abalo não, fica tranquila... como diz a camiseta da banca: " cada um cada um", não é mesmo?

     
  • At Sunday, February 04, 2007, Anonymous Anonymous said…

    Ah! Só um comentário sobre a fernada Young...
    Rê, tudo o que eu leio dela é igual... acho que ela tem muitos relacionamentos ruins na vida, e adora escrever cartas que são publicadas p eles... pelo menos, os dois ultimos textos que li, meu deus!!!! Ela estava falando de relacionamento "pé no saco", sabe? e olha que eram revistas com datas muito distantes, daquelas que você acha no lixo do seu andar do prédio e pega p ver antes de jogar fora de novo...Mas ao mesmo tempo que os agredia, os defendia... uma coisa a lá bentinho com a Capitu, sabe como?

     
  • At Monday, February 05, 2007, Blogger Regina said…

    Então... a Fernanda Young.
    Eu li um livro dela, outro e mais uns textos e, cá entre nós, cansa. Deprê.
    Mas como apresentadora ela é ótima. É uma figura bastante interessante.
    E, diz ela mesma, bem casada, tem duas filhas maravilhosas... Mas, encarnou o personagem tenso? Talvez, não sei.
    Tô mais pra sim.

    Beijo

     

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