... Um Dia Perfeito!

Estou trabalhando no meu book da coleção.
Começo a ver o universo em que vive esta coleção.
Imagino estas formas cheias de felicidade, passeando pelas orlas, pela beira da piscina do Copa.
Vejo estas figuras de um tempo que não existe, almoçando na relva, bebericando champanhe e comendo jabuticaba.
Meu verão é branco, é leve e é rico. Simples, daquela simplicidade que só a verdadeira sofisticação tem.
Se você atentar, tem um cheirinho de jasmim, gosto de café passado na hora.
Apurando um pouquinho os ouvidos, você pode ouvir Chopin tocando lá longe. Uma aula de piano.
Ela erra. E começa de novo.
Um gato deitado sob o sol se espreguiça. O cachorro entra correndo na sala e escorrega junto com o tapete.
Uma gargalhada grave.
Seus grandes olhos se enchem de lágrimas, de rir até chorar, e ela fica corada.
Quem a ama diz que ela é tão bonita assim, sentada no peitoril da janela com os pés descalços, muito brancos se equilibrando naquele pedaço estreito de madeira.
Ela não é de tempo nenhum.
Nem ela, nem o que ela veste.
Ainda gosta de se jogar de roupa na piscina, quando chove no verão.
Um álbum velho está aberto sobre o tapete. Mame, Papa, todo mundo, num dia antes dela mesma, brincando em algum lugar da Serra.
Mame pinta.
Papa planta.
Ela ama. E ele ama também.


Namaste