O Menino e Seu Brinquedo

Thursday, March 29, 2007


Lunia Czechovska,
Amedeo Modigliani
São muitas as coisas que me agradam.
A ordem, a calma, o silêncio e, no tempo certo, o caos, a confusão e o barulho.
Pode-se culpar, foi o que me informaram recentemente, a Pós-Modernidade.
Me disse, numa ocasião recente, Ana Mae Barbosa que sou pós-moderna. Porque, se fosse moderna ou modernista, talvez fosse mais radical, mais engajada, mais presa ao meio pelo meio.
E aí, que eu fico aqui pensando nessa minha mania de pensar que não existe uma verdade absoluta, ou uma opinião mais correta, que as coisas valem o que quer que seja dependendo daquele que há de valorá-las...
PUTZ! Tudo culpa da Pós-Modernidade.
Que não tem a ver, em princípio, ou por este viés, com a Hiper-Modernidade do Lipovetsky e do Charles.

Wednesday, March 21, 2007

Das mil coisas que povoam minha cabeça hoje...

* Ontem dei nova chance à Ioga.
Impressionante que não foi nada irritante, 'inda que bastante dolorido. Voltei pra casa (qual casa?) num prego, menino, que não agüentei nem ver o fim de CSI!!!
Relaxadíssima.

* Tão relaxada que hoje continuei meio aérea. Troféu Dona Maria, quase bati o carro.
Depois disso, resolvi me concentrar um tanto no que estava fazendo.

* Tenho sonhado que gente muito querida me dá presentes. Presentes maravilhosos, simplérrimos, mas que eu adoro, como chocolate e água de lavanda. Mas, essa gente que eu amo é mesmo o meu maior presente.

* Ainda nos sonhos, ontem sonhei que toda a mulherada bacana que estava no meu sonho vestia os vestidos da Reforma. Fale sobre uma obsessão!!!!

* Aí que eu lembro da Ana Mae, de quem estou morrendo de saudade, que fala que só dá pra escrever a dissertação quando estivermos completamente obsecados pelo tema.

* Pronto: alguém tem o livro do Schorske, "Viena fin-de-siécle"?

* Discussão recorrente o tempo todo, não trata da Moda e da Arte, mas da Moda e do Design.

* Piada entre as meninas: nossos respectivos preferem discutir a relação a ouvir o que quer que seja sobre o Mestrado. Talvez porque esse momento de indefinição, em que a gente tem que produzir alguma coisa, sem ter lá uma grande certeza, seja muito angustiante pra gente, e os homens ainda não conseguem não querer resolver algo, enquanto a gente só precisa desabafar.
Talvez instituamos a conversa de boteco pra salvar os relacionamentos. E o Mestrado.

* Qual é a situação propícia para se pensar livremente sobre arte, ou antes, pra se experimentar um novo rumo-caminho-meio? Como é que se davam essas coisas no Modernismo e no Pós-Modernismo? Como as pessoas se encontravam e discutiam estas coisas e faziam tantos trabalhos em colaboração, a ponto de fazer a marca de um grupo?

* Grupo de estudos sobre identidade cultural. Coisas que eu adoro: minhas confusas anotações que são o tecido das conexões que acontecem no grupo, o uso de algumas expressões, tais como "resgate" (adoro odiar essas expressões que meio que protegem alguma coisa), os "encontros".
Por exemplo, encontrei um texto bacanérrimo num livro sobre a Tarsila que, a meu ver, desanca essa necessidade de ser tão roots, essa brasilidade plumária, ou mesmo a necessidade de ser puro para ser brasileiro.
Espero ansiosa a próxima quinzena.

Monday, March 19, 2007


E que, ontem à noite, fomos ver o Arnaldo Antunes, no Teatro da FECAP, ali na Avenida Liberdade.
O show é do CD Qualquer, num auditório pequeno, para 400 pessoas, e acústico.
O jogo de luz e imagens projetadas foram um presente.
Não faz muito temp oque eu era figura fácil por aí, do tipo estou em todas e vou a todos os lugares.
Daí que nessas vira-voltas, eu virei.
E voltei pra ver dentro de mim o que eu queria mesmo fazer. Quais eram as coisas que eu gostava mesmo de fazer.
Então que, no ano passado, teve a exposição Coexistence, lá no Ibirapuera.
Gostei de ir lá.
E eu gostei também de ver Paris Je T'Aime.
Gostei de comprar aquele CD da Mercedes Sosa, pensando no meu irmão. E gostei tanto de escutar o CD, que é claro que eu não dei pra ele!
Gostei de fazer os quadros novos. Fazia tempo que eu precisava repensar os caminhos pra me expressar.
Estou com esse siricotico novo, de novo e já com um projeto que, pra felicidade de maman deve diminuir minha montanha de revistas à metade.
Gosto de ir ao CCJ pro Sipurim, aos domingos. Gosto de andar no clube ouvindo música.
Gosto de ler, e enfim essa é a necessidade maior desse momento.
Gosto de falar besteira e comer pistache.
Gosto de saber que sou démodé. Pf, que me interessa viver correndo atrás de ser vanguarda, se, pra ser vanguarda é preciso nunca estar atrás?
E aí, pra que correr, se caminhar é mais saudável?

Respeite meus cabelos brancos!

Neste ano, completo 30 anos.

Muito especial fazer trinta anos, dizem.

Pra falar a verdade, até agora, não tá fazendo diferença nenhuma.

Como não fez completar 15.

Nem 18, 20, 21 ou 25.

A passagem dos anos só tem sido generosa. Nada de rugas, e uma abundância de cabelos brancos.

Na indecisão entre tingir e raspar a juba, eles estão aí, aparecendo quando menos espero, rindo às bandeiras despregadas do pequeno pânico que causam.

Friday, March 16, 2007

Entre Linhas

Estou lendo coisas muito bacanas.

Uma das minhas leituras é "O Espírito das Roupas", em que Gilda de Melo e Souza escreve sobre Moda, Arte, diferenciação de gênero e harmonia, transitando lá pelo século XIX. Indicação da Ana Mae, arte-educadora.

Terminei ontem o Global/Local, muito pequeno, interessante e, para o GE de Identidade Nacional. Para o mesmo GE, vi Carlota Joaquina, bom deveras.

Tem o Klimt e a Moda, que serviu pra colocar uma luz sobre a Wienner Werkstätte e o conceito de artista total, uoba!

Fora, isso, as bobagens por aí...

Respondendo à pergunta da anônima figura crítica que parece me amar... Faz o seguinte... Primeiro, o blog é rosa claro, rosa médio, rosa escuro e até pink, so what... Aí, faz você as contas e aproveita, sem me dizer nada, porque não quero ter meu nome associado à essa pataquada, planta as árvores.
Batatas, não. Árvores. Frondosas. Manacás.

Namaste.

Wednesday, March 14, 2007

* Entre muitas coisas, esta semana, o alívio: eu tenho um tema para a dissertação do Mestrado.

* No último fim-de-semana, fomos ao Parque Estadual da Cantareira, que é belo. Muitíssimo. E estava cheio. Pareceu mais cheio ainda, quando todos concentrados sob o toldão fugíamos do pé d'água. Nós já estávamos encharcados. Continuamos assim por toda a tarde e uma boa parte da noite.

* Com muita coisa pra ler, escrever e pensar, e algumas coisas são um tanto controversas, ando censurando um pouco o que devo ou não colocar aqui.
Tenho cá minhas birras com essa proclamada sustentabilidade, principalmente se confrontada com o caráter efêmero que a Moda tem e a ela é intrínseco.

* Também penso no estilo e na tendência e isso me dá um nó... na garganta.

* Essa semana, meu primeiro dia no estágio-docência. Então, sentada junto com os alunos, mas destacada (graças à minha orientadora, que fez questão de me apresentar à turma), e tendo perfeita noção do que dizia a professora, um estranhamento e um distanciamento.
As coisas mudaram.
Quantos ali acham que o mundo se resume ao SPFW?
Quantos pensam que a única alternativa é trabalhar na Vogue?
Quantos fazem Moda porque está na moda fazer Moda?

Namaste

Wednesday, March 07, 2007




Olha aí, o Adão e a Eva do Dürer (sem agá).



Parecidinho, né????



Bom, no último fim de semana fomos ao SESC Vila Mariana ver Cris Aflalo, Fernanda Porto e Luciana Mello cantando Chico Buarque, em mais uma indicação felicíssima da Camila! Valeu, Camis, por mais essa!!!



Como eu já falei outro dia, vimos Borat e aí as opiniões são as mais controversas. Tem gente que adora, tem gente que acha desnecessário. Tem gente que acha aquele humor pouco palatável.



E eu acho que o gosto é o regalo da vida e cada um tem o seu, mas que, só pra acostumar, todo mundo podia ver uns bons episódios de Monty Python... E aí, a indicação é o Monty Python's Completely Useless Website (algo como Website completamente inútil do Monty Python http://www.intriguing.com/mp/), só pra acostumar.




Estou vivendo uma oportunidade bastante inovadora... Num estado mentalmente interessante, leia-se "grávida de elocubrações", ando flertando com idéias muito especiais. E, como num flerte real, as idéias e eu ficamos nos aproximando e observando, dando-nos (numa alegoria, claro) a nos conhecer. As leituras têm sido muito proveitosas, as conversas, também. Debates, embates, tudo muito enriquecedor.


E, aí ao lado, mais um "Adão e Eva", também do Dürer.

Bom, por enquanto é só.

Hasta,







Tuesday, March 06, 2007

Adão e Eva - Man Ray


Se não me engano, e eu posso estar enganada, já que não vou verificar num futuro tão próximo, o Albrecht Dührer (???) pintou esse mesmo tema, dessa mesma forma. E aí, as disparidades dos universos feminino e masculino, nas formas dos indivíduos, na relação de sedução e afastamento, quantas são as mensagens que você pode tirar de uma - boa - imagem?
Boa noite, meus queridos dois quase fiéis leitores.
Haha!