Estive refletindo sobre o blog.
Coisa sem importância.
Enfim, um blog não pode, não deve ser assim tão importante.
Mas, o caso é que eu estava refletindo, pensando, sentindo coisas, sobre este denominado, num sentido meio hostil
, espaço róseo. Pois esse espaço na rede, que nasceu tudo menos róseo, teve, em seu princípio, um outro sentido, uma outra vontade.
E foi crescendo e ganhando corpo como um espaço onde a gente despejava piadas, sarcasmos, decepções e algumas declarações de amor.
Completamente diferente da intenção inicial, mas, ok, e daí?
Não sei qual é a de todo mundo, mas eu não me sinto obrigada a seguir um caminho quando ele parece que se esgota, ou quando ele não me satisfaz.
Não é uma questão puramente hedonista. Ou talvez seja, qual é o problema disso também?
Enfim, mudou o enfoque, mudou a cara, mudou até a hospedagem, mas o nome ficou o mesmo.
Passado algum tempo, o tema que foi o propulsor do blog, o Novo Homem, deixou de causar espanto e foi tão rapidamente assimilado que deixou até de ser assunto.
Essa patacoada de übberman, de metrossexual, de o que quer que seja, ficou pairando por aí, como uma daquelas urgências humanas em classificar, em definir e determinar. E hoje, nada disso me contenta.
Admito, houve um tempo em que eu pensei desesperadamente que precisava caber em alguma coisa (e aqui coisa quer dizer categoria, ou algo que o valha). Mas, hoje, nada disso é assim tão importante.
Então, se hoje eu estou tão bacana que quero ficar falando de motivações, passado, presente e especular um futuro para esse
espaço róseo, e amanhã eu brigar com o namorado e resolver demonizar o gênero masculino só para depois de amanhã contemporizar... e daí? Qual é o problema?
Linearidade não é característica do temperamento humano.
Um beijo. Porque, só hoje, quero mandar beijos.